O pau-brasil

Pau-brasil

A primeira riqueza explorada pelo europeu em terras brasileiras foi o pau-brasil, madeira que recebeu esse nome por apresentar uma cor de brasa no interior de seu tronco. Os índios a chamavam de ibirapitanga: ibira significa pau e pitã significa vermelho.

O interesse comercial nessa madeira decorria da possibilidade de se extrair dela uma substância corante, utilizada para tingir tecidos e pintar letras ornamentais nos antigos manuscritos.

Antes do descobrimento do Brasil, a Europa comprava o pau-brasil do Oriente, através de comerciantes que o traziam das Índias. Após o descobrimento da América, ficou muito mais fácil extraí-lo de nossas florestas, onde existia em abundância.

O esquema montado para a extração do pau-brasil contou com a importante participação dos indígenas. Eram eles que derrubavam as grandes árvores de até 15 metros de altura, cortavam-nas em pequenas toras e, depois, transportavam-nas até os locais onde os navios ancoravam.

O Rei de Portugal não demorou a declarar a exploração do pau-brasil como monopólio da Coroa Portuguesa. Assim, ninguém deveria retirá-lo de nossas terras sem a prévia autorização do governo português. Mas essa autorização só era concedida através do pagamento de tributos ao rei.

Os franceses, porém, não respeitando o Tratado de Tordesilhas, também não obedeciam às determinações do Rei de Portugal referentes ao pau-brasil. Por isso, diversos navios franceses viajavam pelas costas brasileiras em busca da valiosa madeira, sem pagar os tais tributos reclamados pela Coroa Portuguesa.

A exploração do pau-brasil não deu origem à formação de vilas e de povoamentos. A atividade extrativa era nômade, deslocando-se pelo litoral à medida que a madeira ia se esgotando. Construíram-se, apenas, algumas feitorias, onde a madeira era mais abundante.

Servindo aos interesses do governo português e de ricos comerciantes, inúmeros navios carregavam o pau-brasil das nossas florestas litorâneas. Como resultado da intensa extração, não demorou muito para que a madeira se esgotasse. Atualmente ela praticamente não existe em nossas matas.

(Texto adaptado)

 

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